Entre os mais afetados estão locais de reassentamento de pessoas deslocadas pelo Ciclone Idai (2019), que já se encontravam em situação mais vulnerável e sem habitação. Centenas de tendas e abrigos temporários foram destruídos e, pelo menos, 4.938 famílias precisam de auxílio.
As ações em curso, lideradas pelo INGC - Instituto Nacional de Gestão de Calamidades - concentram-se, atualmente, na assistência aos afetados, levantamento de prejuízos e necessidades por equipas multissectoriais no terreno, montagem de tendas e distribuição de lonas.
Ainda estão a ser apurados os danos totais, mas a avaliação rápida não revelou qualquer caso de crianças separadas no processo de evacuação das áreas de risco; também não há relatos ou evidências de idosos ou pessoas com deficiência que tenham ficado para trás e sem cuidados.
Dondo e Nhamatanda, os mesmos que sofreram impactos graves com a passagem do Idai, são dois dos distritos mais afetados. Nesta zona crítica, a Oikos está atualmente a apoiar as comunidades com a distribuição de sementes de milho, feijão, sésamo, amendoim, hortícolas e fruteiras. A ONG portuguesa permanecerá nestes distritos até, pelo menos, 2022. O trabalho da Oikos nesta região centra-se na recuperação do sector agrícola, capacitação em técnicas de produção agrícola e gestão de pequenos negócios comunitários; sendo o fortalecimento de comités locais de gestão de riscos de calamidades outra importante ação do projeto que conta com financiamento do governo português - através do Camões, I.P.. Neste trabalho continuado, a Oikos tem como como parceiros a Caritas Portuguesa, a Caritas Moçambicana, a ONG ADPM – Associação de Defesa do Património de Mértola e a Associação moçambicana Luarte.